Dia 12 – Dia Mundial de Combate à AIDS – Prevenir, tratar precocemente e deixar o preconceito de lado – 1 Dezembro de 2024

No dia 01 de dezembro voltamos nossa atenção ao Dia Mundial de Combate à AIDS. É um dia importante no trabalho de conscientização sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA).

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) foi descoberto nos anos 80, mas a falta de conhecimento sobre a doença e o preconceito em relação aos portadores de HIV persistem ao longo dos anos, e continua afetando desproporcionalmente mulheres em todo o mundo, especialmente entre as jovens de 15 a 24 anos, com 5 mil novos casos por semana, segundo dados da UNAIDS Brasil. 

No país, estima-se que 330 mil mulheres vivam com a infecção. Essa realidade está vinculada a fatores estruturais, como o patriarcado e a falta de autonomia feminina, que dificultam a negociação do uso de tecnologias de prevenção em relações estáveis. 

Além disso, as mulheres trans enfrentam maior vulnerabilidade devido ao difícil acesso às políticas públicas e ao desrespeito em serviços de saúde que não atendem às suas especificidades.

O uso de preservativo feminino e masculino em todas as relações sexuais é a forma mais efetiva de prevenção do HIV e de outras doenças sexualmente tranmissíveis. 

No entanto, segundo a professora Luziana Silva, a desigualdade de gênero é um agravante, limitando as mulheres na negociação de sexo seguro e as expondo à violência sexual. Essas desigualdades, somadas aos estigmas sociais, dificultam o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. 

Para enfrentar essa feminização da infecção, Rosi Farias, da ONG Cordel Vida, destaca a importância da educação em saúde, com campanhas contínuas que promovam a prevenção e incentivem a autonomia das mulheres sobre seus corpos.

É sempre importante lembrar que o HIV não é transmitido pelo beijo, toque, abraço, lágrimas, suor, aperto de mãos e compartilhamento de toalhas, pratos e chimarrão.

Você pode contrair o vírus sem necessariamente desenvolver a doença. Por isso, é fundamental realizar exames periódicos e, em caso de diagnóstico, acompanhar a condição desde o início e iniciar o tratamento prontamente. Essa abordagem aumenta significativamente as chances de uma resposta positiva aos medicamentos, prevenindo complicações. Além disso, observa-se uma melhora considerável na qualidade de vida das pessoas que, ao desenvolverem a doença, iniciam o tratamento de forma precoce.

Não esqueça: faça testes periodicamente e consulte médico para obter o diagnóstico e tratamento, corretos.

Por Aline Delias de Sousa – Assistente Social da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Universidade Federal do Rio Grande – FURG e Cristiani Ricordi – Grupo de Pesquisa e Extensão em Políticas Sociais, Cidadania e Serviço Social/CNPq, Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos – UCPEL.

REFERÊNCIAS:

COMITÊ DE POLÍTICAS DE PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES (CoMu). Desigualdade afeta acesso de mulheres a informações sobre HIV/AIDS. Universidade Federal da Paraíba. 04 ago. 2021. Disponível em: https://www.ufpb.br/comu/contents/noticias/desigualdade-de-genero-afeta-acesso-de-mulheres-a-informacoes-e-tratamento-do-hiv-aids#:~:text=Segundo%20dados%20da%20UNAIDS%20Brasil,vivam%20com%20a%20infec%C3%A7%C3%A3o%20viral. Acesso em: 30 nov. 2024.

Sugestão de vídeo: “HIV. É sobre viver, conviver e respeitar. Teste e trate. Previna-se”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wvPRK5fhxxs.

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