Debate He For She, em alusão À campanha Agosto Lilás

No dia 27 de agosto estivemos no Ministério Público, juntamente com a Secretaria de Políticas para as Mulheres de Pelotas, sua Secretária Marielda Medeiros, Mirian Marroni – Secretária de Governo, Fernanda Miranda – Vereadora e Procuradora da Mulher, José Mario Brem da Silva – do Observatório de Segurança Pública e Prevenção Social de Pelotas, Adão Pretto Filho – Deputado Estadual e membro do movimento He for She, Dr Décio Motta – Promotor da Promotoria Especializada de combate à violência doméstica e família contra mulher de Pelotas, GAMP Feminista, Conselho da Mulher de Pelotas, Guarda Municipal, Patrulha Maria da Penha e demais ativistas na luta do enfrentamento da violência contra mulher, cerca de cinquenta pessoas e em sua maioria homens.

Em participação do evento He for She – alusão ao Agosto Lilás, movimento criado pela ONU Mulheres, onde busca o engajamento de homens e meninos na luta pela igualdade de gênero, promovendo uma sociedade mais justa e livre de violências contra mulheres.

O evento iniciou-se com as devidas saudações, relembrando a importância dos homens saberem seu papel no enfrentamento às violências contra mulheres, pois sabemos que eles, são os principais autores dos crimes de gênero, e não deveriam ser autores, mas sim os defensores.
Celebramos também na data de 26 de agosto, a aprovação da reativação da Secretaria Estadual de Política para as Mulheres.

“Com a enxurrada de informações, criação de políticas, conversas sobre o enfrentamento, porque os índices de feminicídios seguem evoluindo?” – Questiona Miriam Marroni.

José Mário, apresentou os dados dos últimos sete meses do ano, onde nós tivemos significativas reduções de vários crimes, exceto os de violência contra mulher, que permanecem. E ele destaca, que a violência contra a mulher é um crime diferente, e devemos nos atentar às suas peculiaridades,

A campanha He for She tem o caráter de homens e meninos estarem juntos na luta com as mulheres, as quais são as protagonistas, mas que no enfrentamento contra a violência de gênero não devem estarem sozinhas.

O Rio Grande do Sul é o quinto Estado brasileiro, mais violento com as mulheres. “A educação é um terreno fértil para mudarmos essa sociedade machista, que machuca e mata” – Adão Pretto. E uma maneira de realizar esse apontamento do Deputado Estadual, é com a inclusão da Lei Maria da Penha de forma lúdica, no ambiente escolar. “Precisamos promover e provocar um maior envolvimento dos homens na luta pela igualdade de gênero” – Dr Décio Motta.

Devemos nos atentar nos diversos tipos de violência, como por exemplo a psicológica que é silenciosa, mas perigosa. A violência de gênero não tem classe social, a “vergonha” de denunciar, talvez, esteja mais presente nas classes mais altas.

É importante destacar também a existência do ciclo da violência, que é um dos fatores que mais gera vítimas, além também da dependência emocional, mas principalmente a financeira, de algumas mulheres aos seus agressores.

Por Rafaela Cedres Dias – Graduanda em Serviço Social pela Universidade Católica de Pelotas e Bolsista de Extensão do Observatório NOSOTRAS e Raquel Bergmann da Silveira – Graduanda em Serviço Social pela Universidade Católica de Pelotas e Bolsista de Extensão do Observatório NOSOTRAS; Correção de Diná Lessa Bandeira – Bacharela em Biblioteconomia e mestre em Comunicação Social, integrante da Rede Sul de Proteção aos Direitos das Mulheres e Meninas

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