Bancos Vermelhos – sentar, refletir, levantar e agir!

O banco vermelho é uma campanha que teve origem na Itália, atualmente temos uma lei Federal, Lei nº 14.942 de julho de 2024, a qual prevê ao Projeto Banco Vermelho, ações de conscientização em lugares públicos e premiação de projetos no âmbito do Agosto Lilás, mês destinado à conscientização para o fim da violência contra a mulher.

Os bancos vermelhos, desta cor para representar o sangue derramado de milhares de mulheres, são mais que apenas um banco com os contatos de socorro, como o Disque 190 da proteção da mulher, ele representante um ato de sentar e refletir, acolhimento, mas também o ato de levantar e agir.

Temos cinco bancos vermelhos em Pelotas, e planejamos como falado pela Juíza titular do Juizado de Violência Doméstica, Michele Wouters, que no ano de 2026, onde a Lei Maria da Penha completa 20 anos, que tenhamos 20 bancos vermelhos espalhados pela cidade de Pelotas.  Em 12 de agosto foi inaugurado o terceiro banco vermelho da cidade, em frente ao Fórum, estavam presentes representações do Observatório NOSOTRAS – Ana Caroline Montezano e Diná Bandeira, o GAMP FEMINISTA, a Patrulha Maria da Penha, entre outras representações, movimentos feministas e ativistas do enfrentamento à violência contra mulher, e em 22 de agosto foram inaugurados mais dois bancos vermelhos na rodoviária da Pelotas, local marcado por um grande fluxo de pessoas, e também um na Sede da OAB de Pelotas. Além também de cidades da região que estão inaugurando bancos vermelhos, como Rio Grande e Capão do Leão.

Muitos questionam o porquê dos bancos vermelhos, o que vai mudar para um agressor quando vê um banco vermelho, a campanha dos bancos vermelhos não é um enfrentamento direto às violências, para isso precisamos de políticas públicas, os bancos demonstram a luta pela vida das mulheres, divulgam informação, com números de contato, alguns tem escrito as tipificações da violência.

A disseminação de informações, não sozinha, mas, é uma das armas mais fortes do enfrentamento a violência de gênero.

Que a campanha dos bancos vermelhos cresça, que Pelotas consiga os 20 bancos até 2026, que a violência diminua e que a informação chegue à todas!

Este projeto dos bancos vermelhos remete a ações de voluntariado, com gratuidade, sendo que os mesmos não podem ser comercializados ou destinados à publicidade.

Se informe, se proteja, proteja os seus, denuncie!

Por Rafaela Cedres Dias – Graduanda em Serviço Social pela Universidade Católica de Pelotas e Bolsista de Extensão do Observatório NOSOTRAS

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