Dia 3 – O Protagonismo da Mulher Negra: Por que fortalecer mulheres negras? – 22 de Novembro
A ascensão da mulher negra ao centro das decisões políticas, econômicas e culturais não é apenas um imperativo ético, mas um catalisador para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa. Ao valorizar e potencializar essas mulheres, abrimos caminho para: Descentralização do poder: Quando mulheres negras lideram, suas perspectivas inclusivas promovem soluções que beneficiam comunidades inteiras.
Justiça econômica: A equidade salarial e a valorização de suas contribuições geram ciclos econômicos mais dinâmicos e menos excludentes.
Combate à violência: Políticas públicas lideradas por mulheres negras tendem a priorizar ações contra a violência doméstica, racismo e segurança comunitária.
Os avanços necessários
Para que o protagonismo da mulher negra seja efetivo, são necessárias mudanças estruturais:
Educação antirracista e do feminismo negro: Incorporar nas escolas a história e as contribuições de mulheres negras para o Brasil.
Políticas de cotas ampliadas: Garantir acesso e permanência nos espaços de educação, trabalho e política.
Proteção contra a violência: Investir em redes de apoio, políticas públicas específicas e na punição efetiva de agressores.
Saúde inclusiva: Formar profissionais da saúde capazes de reconhecer e combater o racismo institucional.
Valorização da cultura negra: Incentivar a produção cultural liderada por mulheres negras como forma de resgatar e promover suas narrativas.
A mulher negra como motor do desenvolvimento
Investir na mulher negra é investir no Brasil. O protagonismo delas não apenas corrige injustiças históricas, mas também gera um impacto positivo e profundo em todas as dimensões da sociedade. Uma sociedade que abraça suas mulheres negras com respeito e equidade é uma sociedade que compreende o valor da diversidade e das potencialidades humanas.
O futuro do Brasil passa, necessariamente, pelo reconhecimento da mulher negra como agente central de transformação. Não há progresso sem a luta por igualdade racial e de gênero. O Brasil só será pleno quando as mulheres negras forem não só as que sustentam a base, mas as que lideram do topo.
Por Diná Lessa Bandeira – Promotora Legal Popular/Conselheira Estadual de Direitos da Mulheres/Comunicadora/Mobilizadora Social/ Associada FEMENI/GAMP Feminista/Articuladora da REDE SUL de Garantia dos Direitos das Mulheres e Meninas.
Sugestão de Leitura: “Mulheres negras: Desigualdade racial e de gênero”. Disponível em: https://www.fundobrasil.org.br/blog/mulheres-negras-desigualdade-racial-e-de-genero/#:~:text=Ser%20uma%20mulher%20negra%20no,estejam%20longe%20de%20ser%20prioridade