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21 dias de ativismo pelo fim da violência contra Mulheres e Meninas – Dia 11 – 30/11

A desigualdade de gênero nos ambientes laborais é uma realidade. Dados da Pesquisa
Nacional de Amostra de Domicílios Contínua do IBGE demonstram as disparidades
encontradas no mercado de trabalho entre homens e mulheres.

Veja-se a taxa de participação (%) no mercado de trabalho por sexo, Brasil, média trimestral (2012 – 2024): num recorte de 2020 a 2024 temos que em 2020, a taxa de participação no mercado de trabalho foi de 69,80% para homens e 49,48% para mulheres e em 2024, foi de 72,45% para homens e 52,70% para mulheres (IBGE, 2024).

Além disso, os cargos de chefia voltaram-se aos homens. Mulheres em cargos de Direção e Gerência ganharam, em média, R$6.798, ao passo que homens, ganharam, em média, R$10.126, (IBGE, 2024). O rendimento médio mensal no trabalho principal, segundo sexo e cor/ raça no 3º trimestre de 2024 no Brasil foi de R$4.536, para homens não negros e de R$2.105, para mulheres negras (IBGE, 2024). A desigualdade de gênero no trabalho é uma realidade no Brasil.

Os dados se invertem quando se trata da taxa de desocupação, segundo sexo e raça/cor.
Dados do 3º trimestre de 2024, apontam que as mulheres negras lideram com 9,3%,
seguidas por mulheres com 7,7%, depois por mulheres não negras com 5,8% para então
chegarem em homens negros com 6%, homens com 5,3%, finalizando com homens não
negros com 4,4% (IBGE, 2024).

O IBGE considera o grupo demográfico de pessoas negras como o somatório das pessoas pretas juntamente às pardas. A desigualdade de gênero – com índices que superam o período anterior à pandemia de Covid-19 no Brasil e a consequente discriminação sofrida no trabalho são elementos fundamentais para perpetuar o patriarcado e a submissão das mulheres aos homens que ainda é naturalizada. Isso é violência e precisa cessar.

Assista o vídeo da Arena Sociológica em conjunto com o Observatório NOSOTRAS na campanha 21 Vozes, 21 Dias: https://www.youtube.com/watch?v=0rrdwZ-tTR0

Por Aline Delias de Sousa – Assistente Social e Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos – UCPel

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